Novas soluções energéticas para a indústria portuguesa
A procura de “novas soluções para as indústrias ‘energívoras’ no contexto da transição energética” animou o ‘Encontros na ZILS: Energia Sul’, realizado no Centro de Negócios da Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS) a 3 de dezembro de 2021.
O evento contou com as intervenções de Filipe Costa, CEO da aicep Global Parques e membro do Conselho de Administração da ADRAL; Eurico Brilhante Dias, Secretário de Estado da Internacionalização; Luís Delgado, Presidente da APQuímica e membro do Conselho de Administração da Bondalti; e João Galamba, Secretário de Estado Adjunto e da Energia. No painel empresarial participaram: Miguel Fonseca (EBM da EDP Comercial); João Conceição (COO da REN); José Pedro Salema (CEO da EDIA); Teresa Abecasis (COO Comercial da GALP); Marco Vantaggiato (EMEA Manufacturing Head da Indorama); e Pedro Aguiar (CEO da Prosolia Portugal).
Filipe Costa descreveu que a aicep Global Parques promove a ZILS em torno de três verticais principais:
1.º “ZAL Sines – Zona de Atividades Logísticas”, de apoio aos Terminais Multiusos e de Contentores Porto de Sines, cuja capacidade de handling crescerá a prazo dos atuais 2 para 8 milhões de contentores / ano, investimentos que somados aos complementares nas acessibilidades rodoferroviárias apontam para um total de 2,5mM€, de investimento público e privado;
2.º “Sines Tech – Innovation & Data Center Hub”, que visa habilitar a infraestrutura da transição digital nacional ao acolher estações de amarração de cabos submarinos, como a EllaLink, e centros de dados, como o Start – Sines Transatlantic Renewable & Technology Campus. O conjunto de investimentos privados antecipados são 4mM€;
3.º “Energia Sul” congrega as gerações e indústrias energéticas, refinadoras, petroquímicas e químicas em presença, expansão, transição energética e instalação, com foco nos gases renováveis, na descarbonização e na circularidade. Os projetos do “Sines Hydrogen Valley” que somam 5mM€. Os projetos industriais como o de expansão do Complexo Petroquímico da Repsol Polímeros, ou os vários da Galp e outras empresas químicas em Sines, que supera 2,5mM€.
Há no Complexo de Sines perspetivas de investimento a rondar os 14 mil milhões de euros. Investimento essencialmente privado e indiscutivelmente infraestrutural para o desenvolvimento nacional, a que acresce um enorme efeito multiplicador. Na dinamização das exportações, por via de uma maior inserção nas rotas do comércio intercontinental. No potenciar da economia digital. Na atração de mais indústria química de base, pela disponibilização, em proximidade e quantidade, de energias e matérias ‘verdes’.
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