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VI Seminário Plataformas Logísticas Ibéricas junta principais players da Região

VI Seminário Plataformas Logísticas Ibéricas junta principais players da Região

“Como atrair novos clusters logísticos e industriais e criar emprego?”

A APSS e a aicep Global Parques realizaram, conjuntamente, o VI Seminário Plataformas Logísticas Ibéricas, que decorreu durante a manhã do dia 19 de janeiro, no Auditório do Centro de Negócios do BlueBiz Global Parques, em Setúbal, sob o tema: “Como atrair novos clusters logísticos e industriais e criar emprego?”.

Nas palavras de boas vindas, o Presidente da Comissão executiva do aicep Global Parques, Francisco Palma, referiu a importância do seminário e do protocolo a assinar, “Região Industrial, Logística e Portuária de Setúbal Rumo ao Futuro”, como uma garantia do contributo das entidades envolvidas para “mostrar que, em conjunto, as infraestruturas e entidades conseguem promover a competitividade da região”, criando emprego e alargando o hinterland.

Por sua vez, o Presidente do CA da APSS, Vítor Caldeirinha, referiu o continuado desenvolvimento do Porto de Setúbal, uma infraestrutura “cola” de ligação da atividade económica da região, acrescentando igualmente que “o futuro da região de Lisboa passa pelo Porto de Setúbal, com carga de hinterland”, um porto que se deve difundir e maximizar, relevando “a melhoria tão necessária das acessibilidades marítimas e terrestres para o futuro”, com acessos marítimos em mais 1 a 2 metros para receber os navios shortsea, que aumentaram ligeiramente de dimensão, cujo estudo ambiental será brevemente entregue às autoridades.

Referiu ainda que será necessário aumentar a capacidade atual da infraestrutura ferroviária “para termos mais 5 comboios por dia, além dos 21 atuais. Já estamos a candidatar, com a Infraestruturas de Portugal, este investimento”, é um projeto de melhoria do acesso ferroviário à zona central do porto, que já ocupa o 2º lugar no âmbito das cargas nacionais, no movimento diário de comboios.

É um porto integrado numa região logística sustentável, um “green port” compatível com a cidade e o turismo, e que se deve desenvolver com os meios humanos e financeiros necessários, facilitando o desenvolvimento de projetos de investimento e a atração de investimento.

O Presidente do Instituto Politécnico, Pedro Dominguinhos, relevou os já 20 anos de história de formação em áreas da logística, divulgando igualmente, para 2017, a criação de cursos profissionais de 2 anos, e a importância do marketing, com todos os parceiros “fortemente empenhados em promover a região”.

A Presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, salientou a capacidade na forma como as entidades se unem no objetivo conjunto de promover a região de Setúbal, articulando-se para criar mais trabalho e mais riqueza para todos, sendo o Porto de Setúbal um “fator chave no desenvolvimento concelhio“, criando mais economia, mais turismo e trazendo mais residentes.

Com cerca de cento e oitenta participantes, o seminário foi desenvolvido em dois painéis, o primeiro, com apresentações subordinadas às “Novas oportunidades de crescimento e investimento” e, o segundo, com intervenções sobre como “Alinhar stakeholders para exportações mais competitivas”.

Foi uma oportunidade para alguns dos principais players ligados à atividade e logística portuária apresentarem contributos para o objetivo comum de melhorar o presente e potenciar o futuro do Porto de Setúbal, enquanto infraestrutura âncora da região de Setúbal e polo de desenvolvimento económico e social, perfeitamente integrado no ordenamento do território, implantado e com grande capacidade de expansão fora dos limites da cidade, junto a parques logísticos e industriais, sendo igualmente um promotor ativo do Turismo, principalmente, náutico, “convivendo” e preservando a exclusiva e rica reserva natural do estuário do Sado.

E foram muitas as ideias e experiências compartilhadas, Pedro Galvão, da Secil, deu a conhecer o caso da Secil, um dos maiores clientes do Porto de Setúbal, que exporta para 35 países, referindo que há aspetos a melhorar no transporte marítimo (que “tira camiões da estrada”), relacionados com os custos, mas também salientou que, com pouco, se consegue muito, dando o exemplo da cooperação entre entidades que permitiu a acostagem de um navio de 200 metros no Terminal Secil, mais 30 que o máximo anterior, diminuindo 25% o valor do frete.

Já Fátima Évora, da APSS, apresentou o “Port of Setúbal Plus”, um projeto que promove o crescimento futuro do porto, com uma oferta já em divulgação junto de investidores nacionais e internacionais, apresentando-se como Gateway da Região de Lisboa e Sul de Portugal e parceiro das indústrias do hinterland. Uma ampla porta aberta, sem constrangimentos, para a movimentação de mercadorias, um porto “Towards the Future”, com uma capacidade de expansão de cerca de 3 kms de cais e 72 ha + 90 ha de terraplenos para contentores, granéis e veículos, num porto que já é uma Solução Shortsea e Ibérica na Região de Lisboa. Na mesma linha, Luís Fernando Cruz, do Grupo Sapec, afirmou “é o rio que une”, ao apresentar o projeto “Blue Atlantic”, promovido pelo Grupo, que irá reforçar a oferta logística e portuária, já existentes, com 800 metros de cais e 96 ha de áreas logísticas.

Sendo o tráfego Ro-Ro um ex-libris do Porto de Setúbal, foi esclarecedor ouvir Sandra Augusto, da AutoEuropa, a reforçar o carácter inovador e proactivo da gestão logística da empresa, acompanhando as necessidades atuais e prevendo as futuras, que naturalmente incluem o porto, como futuro hub na distribuição da produção automóvel da VW. Ainda ligado à logística automóvel, mas não só, Paulo Calado, da aicep Global Parques, apresentou o BlueBiz Global Global Parques, uma infraestrutura que oferece facilidades logísticas e de instalação às empresas que pretendem implantar-se na região, atualmente, já é uma referência na logística automóvel e na indústria aeronáutica.

A intenção de alargar o hinterland logístico portuário do Porto de Setúbal a Espanha é uma aposta amplamente divulgada, a pertinência desse objetivo foi inequivocamente corroborada por Juan Romero Miranda, da Plataforma Logística del Suroeste Europeu, que relembrou aos presentes a capacidade produtora e exportadora da Extremadura espanhola, principalmente produtos agrícolas, salientando, como se concluiu num estudo, que os portos portugueses são mais baratos e competitivos. Atualmente, o Porto de Setúbal já está ligado à Extremadura através de 4 comboios semanais, esperando-se que este número venha a aumentar este ano. Porém, o maior incremento, que se deseja, do movimento de cargas de e para Espanha está diretamente relacionado com a construção da nova ligação ferroviária àquele país, será uma redução de 137 kms e que permitirá comboios mais longos e em menos tempo, logo, mais competitivos.

Encerrou a sessão a representante Ministério do Mar, Lídia Sequeira, que registou os avanços alcançados pelos portos portugueses nos últimos anos, quer em infraestruturas quer em simplificação dos processos, ressalvando a importância da criação dos fóruns para a simplificação dos procedimentos, os desenvolvimentos da JUP e da nova JUL, estando-se já a trabalhar na Fatura Única Portuária, rematando que “o transporte marítimo representa 73% do transporte internacional, em Portugal”. Quanto ao Porto de Setúbal, congratulou-se com o crescimento notável dos últimos dez anos, que se tornou num porto fundamental para o transporte marítimo nacional, com uma centralidade fantástica, na proximidade das grandes empresas exportadoras e de plataformas logísticas, como a Bluebiz Global Parques e Sapec Bay.

 

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