m

Notícias

Sines 4.0: investimento de 3500 milhões de euros cria megacentro de dados em Portugal

A Start Campus, empresa detida pelos norte-americanos da Davidson Kempner e pelos britânicos da Pioneer Point Partners, vai investir mais de 3.500 milhões de euros em Portugal na criação de um Hyperscaler Data Centre, um megacentro de processamento de dados com capacidade até 450MW, que ficará situado em Sines, na ZILS – Zona Industrial e Logística de Sines. O projeto criará até 1 200 postos de trabalho diretos altamente qualificados e pode vir a gerar 8 000 novos empregos indiretos até 2025.

O Sines 4.0 será um dos primeiros megacentros de dados da Península Ibérica a dar resposta à crescente procura de grandes empresas internacionais de tecnologia de serviços de streaming, de processamento e armazenagem de dados, companhias de redes sociais e de aplicações empresariais. Este centro combinará as necessidades da nova era da informação e da transição digital com a posição geográfica única de Sines, contribuindo significativamente para a transição energética de Portugal.

Está prevista a construção de 5 modernos edifícios com capacidade útil de  fornecimento de 450 MW (90 MW por edifício) de energia aos servidores que ficarão localizados nos terrenos contíguos à recentemente encerrada Central Termoelétrica a Carvão de Sines na ZILS; beneficiando de todas as vantagens estratégicas deste local como a refrigeração com água do mar, ligação a cabos de dados internacionais com a América do Norte, África e América do Sul e utilização potencial de energia 100% verde e ambientalmente sustentável, com indicadores de consumo de água e PUE (Power Usage Effectiveness) altamente eficientes.

Os Hyperscalers Data Centres são centros de processamento de grande dimensão, construídos para acomodar rigorosas especificações exigidas por grandes hyperscalers e destinam-se a ser usados para gerir as necessidades cada vez maiores de processamento de dados e ser parte da ‘espinha dorsal’ de toda a Internet. A START Campus construirá e disponibilizará essas instalações e garantirá a sua operação, manutenção e segurança.

Com este projeto Portugal reemerge como player-chave no mercado internacional de dados e conectividade, alavancando a sua posição geográfica estratégica no extremo da Europa através dos novos cabos submarinos agora em desenvolvimento como o EllaLink (ligando Portugal à Madeira e América do Sul), o Equiano e 2Africa (ligando todo o continente africano à Europa através de Portugal). Portugal pode, assim, voltar a ser o principal o hub de dados entre a Europa, as Américas e África, e tornar-se a porta de entrada para a multiplicação da conectividade transatlântica.

De acordo com Sam Abboud, Senior Partner at Pioneer Point Partners and spokesperson for START Campus, o “Sines 4.0© é um data centre sustentável de grande escala que dá resposta às necessidades do mercado. A disponibilidade de energia verde local a preços competitivos combinada com a proximidade geográfica a três continentes com ligação rápida através de novos cabos submarinos de alta velocidade fazem de Sines um local ideal que projeta Portugal no tráfego internacional de dados, que tem sido apontado como o novo ‘petróleo’ da economia digital. Portugal vai beneficiar de um grande investimento que coloca o país no centro da rede transatlântica de dados”.

Além da sua posição geográfica, Sines possui pelo menos cinco grandes vantagens que a tornam única e com potencial para se tornar num dos campus de Data Centres líderes da Europa. Reúne fatores críticos de sucesso como a disponibilidade de: Energia de baixo custo a partir de fontes renováveis, através de muito boa conectividade com a rede elétrica nacional com fácil acesso a energia verde competitiva, incluindo solar, eólica e os projetos futuros de hidrogênio; Escala com terrenos disponíveis e com potencial de expansão significativa para mais de 450MW, podendo assim abrir perspetivas futuras de crescimento;  Conectividade através dos cabos submarinos intercontinentais atualmente em construção e excelente conectividade com o interior do continente europeu;  Arrefecimento com acesso a soluções de refrigeração de água existentes para usar a água do oceano para manter os servidores em temperaturas ideais e potencial reutilização do calor residual para clientes industriais vizinhos; Topografia Marinha Única da plataforma continental existente em Sines que a torna também numa excelente localização para a amarração de novos cabos submarinos com segurança e baixo custo.

Post a comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *